quarta-feira, 23 de junho de 2010

domingo, 9 de novembro de 2008

Uma experiência para compartilhar

É muito perigoso viajar sozinha, ainda mais sendo mulher? Essa foi uma pergunta que fiz a mim mesma por anos, mas nesse último final de semana vi que existem muitas coisas que mulheres podem fazer sozinhas, mesmo o mundo sendo essa merda que é. Há 6 meses atrás fiquei sabendo que a minha banda favorita, The Donnas, fariam shows no Brasil, porém não viriam ao Rio por falta de interesse. Há anos que eu sou fã da banda e estava maluca para ir no show delas,e o melhor de tudo é que o final de semana do show iria cair quase que no mesmo período que a bienal.

Fiz os meus planos, guardei dinheiro e recebi dinheiro dos céus também. Tava tudo pronto para ir a Sampa e fazer meu primeiro mochilão de um final de semana. Daí vieram todos os meus medo, se isso iria ou não dar certo. Afinal, de contar sou uma mulher jovem e indefesa que não sabe nada da vida. Até o dia de pegar o ônibus e seguir viagem foi uma das epócas mais estranhas da minha vida, apesar do pavor em que eu estava, me mantive calma.

Mesmo perdida e aflita assim que eu pus os pés em Sampa, aconteceram várias coisas, minha amiga que ia me garantir hospedagem não pode, porque ninguém estaria na casa dela naquele final de semana. Conhecia muito pouco de São Paulo, o quê eu fiz? Peguei o metrô, fui até o Paraíso e me hospedei em um hotel, eu já tinha ido a Sampa antes,por isso sabia aonde encontrar hotéis baratos.

Andar de metrô em Sampa é muito fácil, e mais fácil ainda é se perder naquelas ruas, fiquei perdida várias vezes lá, mas eu sempre me achava. Ou seja, pra anda até o Ibirapuera foi um parto! Andei muito, porque eu achava que Sampa era que nem o Rio, que dá pra cruzar o centro e ir até o Catete andando, doce engano...Quem mora lá ou conhece a cidade deve estar se mijando de rir agora.

Chegando lá fui até o prédio da Bienal, que estava vazia devido a proposta da curadoria para essa edição,mas isso merece um post especial, farei isso logo. Aproveitei meu sábado para ir a Oca também e curtir um no parque. Foi bem legal, especialmente por encontar dois amigos meus do Rio e que me levaram para conhecer outro lugares da cidade, esse dia foi mara.

No domingo o dia do show foibem tenso,porque eu ainda não tinha o ingresso em mãos, tive que ir até a tal da Estação de Itaquera no metrô e esperar por mais ou menos um hora até que aminha amiga chegasse com ele em mãos. Ela chegou,não me deu bolo dessa vez, passamos o finzinho da tarde até o começo do show conversando, tirando fotos e comendo na Liberdade. Com o ingresso em mãos, fui até o show, depois de várias subidas e descidas ao longo de Rua Augusta achei o Inferno Club.

Fiz tudo que uma pessoa sozinha e feliz faz, fiz favores que eu não faria em condição normal de humor, como por exemplo pedir perguntar dúvidas dos outros e não minhas, me meter na conversa dos outros. É falta de educação, eu sei, mas eu queria tanto conversar e tava tão feliz que nem eu me aguentava. O show maravilhoso, o melhor da minha vida, deu tudo certo, fiquei super descabelada, mas no final valeu a pena. Ah! E se acha que eu voltei acompanhada, tá muito enganado, fui até o metrô sozinha e só na saída dele é que eu peguei um táxi para voltar ao hotel.

A moral dessa história toda e que deixou a minha mãe louca e sem sono, é que não de vez enquando a gente tem que fazer as coisas pela gente,digo, sozinhas. Seja homem ou mulher, esse mundo é uma merda, se a gente não começar a se jogar e tentar ter uns bons momentos para se recordar jamais seremos pessoas felizes.Não acredito que segurança e felicidades estão condicionadas a um apê hiper-seguro ou ficar em casa esperando a vida passar,talvez correr alguns riscos para se encontrar também é válido. Se a gente se conhece o bastante para saber que não irá fazer nada que não vai se arrepender depois, não custa nada se jogar.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Prefeitura

Eu não sou carica e nem voto no Rio,mas passo a maior parte da minha semana lá e de uma certa forma os rumos daquela cidade me afetam. Fiquei muito triste pelo Gabeira, estava torcendo pra ele e acredito que ele era o candidato que poderia mudar a história daquela cidade, ou ao menos, mudar um pouco.

É uma pena a sua derrota nas urnas,mas foi por pouco, muito pouco que ele não conseguiu a vitória. Votei no Gabeira para deputado e ele fez uma excelente trabalho, nunca o vi metido em nada. Fez sua promessas de campanha e cumpriu.

Vi no Rio acontecer algo em que eu só via acontecer aqui no interior do Estado ou nas eleições americanas, políticos virarem deuses ou celebridades. Pessoas que só se metem em polítca a cada 4 anos, se matarem na rua por tal candidato ou melhor dizer com orgulho que votam pra certos candidatos como se fosse time de futebol.

É uma pena que iremos aguentar Paes por 4 anos na prefeitura, mas que venha GABEIRA PARA GOVERNADOR.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Meu hiato tem um motivo muito especial, minha preguiça e a minha memória incrivelmente curta. Acho impossivel que haja alguém com a mente mais curta que a minha, eu tenho a capacidade de esquecer de mandar um e-mail para alguém assim que eu ligo a tela do computador. É terrível,tô precisando de um gincobiloba.

Como eu não tenho muito o quê dizer e eu estou voltando a minhas atividades blogueira agora, deixo-lhes com esse maravilhoso fragmento de Clarice Lispector:

Nada que existe escapa à transfiguração, não saberei que existi daqui a poucos anos.

Fez-se muitas perguntas mas nunca pode responder: parava para sentir.

A tragédia moderna é a procura vã de adaptação do homem ao estado de coisas que ele criou.

eu me sinto tão dentro do mundo que me parece não estar pensando, mas usando de uma nova modalidade de respirar

não é o grau que separa a inteligência do gênio, mas a qualidade

Medo de não amar, maior que o medo de não ser amado.

Que façam harpas de meus nervos quando eu morrer.

... a vida sempre nos deixa intocados.

conto apenas o que vi, não o que vejo (não sei repetir)

Lalande - lágrimas de anjo. É o mar, que nenhumm olhar ainda viu.

a beleza das palavras, natureza abstrata de Deus

Se amar um marinheiro terei amado o mundo inteiro.

essa tristeza leve é a constatação de viver

Meu filho crescerá de minha força e me esmagará com sua vida

posso parir um filho e nada sei

compreende a vida porque não é suficientemente inteligente para não compreendê-la

- Bom é viver. Mau é...

Mau é não viver...

- Morrer?

- Não, não. Mau é não viver... morrer é diferente do bom e do mal

É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.

Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto, como o que sinto se transforma lentamente no que digo.


(LISPECTOR, Clarice. Fragmentos diversos perdidos em minha agenda.)

sábado, 13 de setembro de 2008

Minha pequena volta

Não tive muito tempo para visitar os outros blogs e nem acessar a net direito, pois estava concentrada nos meus outros afazeres e extremamente preocupada com meu futuro. Sei lá tudo parece meio incerto, ainda mais agora com a reitoria da UERJ ocupada pelo PSTU ( Opa! );quero dizer estudantes universitários, e a greve que começará a partir dessa segunda - feira. Espero que o governador se mexa e faça algo pela Universidade, que realmente precisa de ajuda. Mas não quero falar sobre isso, falarei disso em um momento mais apropriado, deixa a minha cabeça re-organizar tudo e pensar, pensar muito.

O quê eu queria falar mesmo, nessa minha pequena volta, é como a Fiona Apple é fabulosa no que faz, incrívelmente M-A-R-A. E olha, que desde 2006 ela não lança nada novo e a turnê parou em 2007, de lá pra cá só um boato ( = fato ) do novo namorado dela ser um lutador, nem dá pra imaginar a Fiona com o jeito meigo e angelical dela namorando um lutador, mas pra quem já namorou o Marilyn Manson qualquer coisa melhor é lucro.

A Fiona escreve com uma certa dureza sobre relacionamentos com base na sua vida particular, suas música são bem feitas e as letras são belíssimas. Ela consegue falar ao ouvinte e transmitir o quê sente com a maestria dos grandes poetas.

Estou compartilhando minha admiração pela Fiona com você e um vídeo muito legal dela.



Obrigada Grazciela pelo selo! AMEI!



Boa semana!

domingo, 24 de agosto de 2008

Sem título

Quando penso em entretenimento, logo me vem à cabeça a televisão que é uma das minhas atividades diárias, depois da internet. A TV está sempre ligada na minha casa, mesmo quando não tem “ninguém vendo”, estamos conversando em frente ao aparelho, ela é quase que socializador da casa. Volta e meia tem sempre alguém sentado assistindo a um programa e logo depois vem outro e puxa conversa.

Mas o meu programa favorito é ir ao teatro para assistir qualquer gênero desde comédia a drama, cinema é outro lugar que eu costumo ir com certa freqüência, porém, na maioria das vezes baixo os filmes via internet e assisto em casa. Ir a centros culturais e a museus também fazem parte da minha rotina. A música é um entretenimento mais agradável pra mim e ir a shows, concertos e casas noturnas são coisas bem comuns e freqüentes na minha vida.

As notícias, costumo ficar sabendo por blog ou sites especializados, mas principalmente pelos tele-jornais, especificamente a Record News. Com esse canal fico sabendo do que acontece a qualquer hora e de lugares distintos. Ler jornal ou revista já foi freqüente, mas de uns tempos pra cá a mídia impressa não anda me atraindo muito. A não ser livros, mas normalmente leio coisas assuntos ligados a minha área, literatura não leio com tanta freqüência.

Não há nada de tão espetacular, creio que tenho os mesmos acessos e gostos que qualquer pessoa tem, até aqui não há nada de tão extraordinário. Possuo hábitos comuns de uma pessoa comum.

E você, aonde você fica sabendo das notícias? Qual é o seu entreterimento?

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Estou bem e retonendo as minhas atividades aos poucos, não pude visitar blog nenhum,porque eu não estava com cabeça pra isso. No decorrer da semana estarei colocando as visitas em dia.

Obrigada pelo carinho!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Meu amado cão

Quando eu era mais novinha queria ter um cachorro, mas não havia espaço suficiente na casa para ter. Aos 13 anos nos mudamos para uma casa nova, e somente a partir desse dia realizei meu sonho. Coloquei o nome de Yakoo, que era o nome de um dos personagens do meu desenho favorito. Tratei dele como se fosse o meu bebê.

O Yakoo sempre foi um cachorro amável e gentil, era o único que me recebia em casa feliz e sempre que me via abanava o rabinho. Sei que nos últimos tempos eu não estava tão presente assim em casa,mas ele jamais se esqueceu de mim. Sempre tive medo de que algum dia ele me estranhasse, mas isso nunca aconteceu.

Se me perguntasse quem vivia comigo na minha casa eu iria dizer que tinha uma família normal, que eu tinha um pai, uma mãe, dois irmãos e um cachorro. Pra mim ele fazia parte da minha vida, e tê-lo visto sofrer e morrer foi um golpe duro, não sei o quê será de mim daqui pra frente, mas eu perdi mais do que um cachorro perdi um amigo.

Yakoo, vou sentir sua falta sempre. Você sempre será o cachorro da minha vida.



Isso pode parecer besteira, mas esse cachorro fez parte da minha vida.