segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Prefeitura

Eu não sou carica e nem voto no Rio,mas passo a maior parte da minha semana lá e de uma certa forma os rumos daquela cidade me afetam. Fiquei muito triste pelo Gabeira, estava torcendo pra ele e acredito que ele era o candidato que poderia mudar a história daquela cidade, ou ao menos, mudar um pouco.

É uma pena a sua derrota nas urnas,mas foi por pouco, muito pouco que ele não conseguiu a vitória. Votei no Gabeira para deputado e ele fez uma excelente trabalho, nunca o vi metido em nada. Fez sua promessas de campanha e cumpriu.

Vi no Rio acontecer algo em que eu só via acontecer aqui no interior do Estado ou nas eleições americanas, políticos virarem deuses ou celebridades. Pessoas que só se metem em polítca a cada 4 anos, se matarem na rua por tal candidato ou melhor dizer com orgulho que votam pra certos candidatos como se fosse time de futebol.

É uma pena que iremos aguentar Paes por 4 anos na prefeitura, mas que venha GABEIRA PARA GOVERNADOR.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Meu hiato tem um motivo muito especial, minha preguiça e a minha memória incrivelmente curta. Acho impossivel que haja alguém com a mente mais curta que a minha, eu tenho a capacidade de esquecer de mandar um e-mail para alguém assim que eu ligo a tela do computador. É terrível,tô precisando de um gincobiloba.

Como eu não tenho muito o quê dizer e eu estou voltando a minhas atividades blogueira agora, deixo-lhes com esse maravilhoso fragmento de Clarice Lispector:

Nada que existe escapa à transfiguração, não saberei que existi daqui a poucos anos.

Fez-se muitas perguntas mas nunca pode responder: parava para sentir.

A tragédia moderna é a procura vã de adaptação do homem ao estado de coisas que ele criou.

eu me sinto tão dentro do mundo que me parece não estar pensando, mas usando de uma nova modalidade de respirar

não é o grau que separa a inteligência do gênio, mas a qualidade

Medo de não amar, maior que o medo de não ser amado.

Que façam harpas de meus nervos quando eu morrer.

... a vida sempre nos deixa intocados.

conto apenas o que vi, não o que vejo (não sei repetir)

Lalande - lágrimas de anjo. É o mar, que nenhumm olhar ainda viu.

a beleza das palavras, natureza abstrata de Deus

Se amar um marinheiro terei amado o mundo inteiro.

essa tristeza leve é a constatação de viver

Meu filho crescerá de minha força e me esmagará com sua vida

posso parir um filho e nada sei

compreende a vida porque não é suficientemente inteligente para não compreendê-la

- Bom é viver. Mau é...

Mau é não viver...

- Morrer?

- Não, não. Mau é não viver... morrer é diferente do bom e do mal

É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.

Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto, como o que sinto se transforma lentamente no que digo.


(LISPECTOR, Clarice. Fragmentos diversos perdidos em minha agenda.)